O nome Micaela é uma homenagem à bisavó do chef, nascida na Espanha. Por ter crescido no meio das cozinhas brasileiras e espanholas, nada mais justo do que homenagear tal união com pratos elaborados.
Fomos em uma terça à noite, e o restaurante não estava cheio. Acredito que seja pelo tipo de comida, que tende a ser um pouco mais pesada. A decoração é simples e acolhedora, com paredes de tijolos expostos, mesas de madeira e arte rústica pendurada pelo salão. O cardápio é dividido por snacks para beliscar (para 2 pessoas), entradas, pratos principais e sobremesas. Ao ler as opcões, você já sabe que não vai comer mais do mesmo. Todo prato é bem explicadinho, com detalhes sobre a origem dos ingredientes exóticos usados.
Pedimos o cuscuz cremoso tipo paulista com galinha cozida, ovo perfeito e leve toque de cachaça para duas pessoas (R$35). Meu deus, que delícia! Que tempero! A mistura dos elementos e a intensidade dos sabores nos fizeram repetir sem parar. Uma comida simples, que normalmente comemos na casa das nossas avós, porém com um requinte de Chef que faz desse prato uma entrada imperdível! A porção é grande e dá pra dividir em até 3 pessoas.
Partimos para os pintxos de tapioca, recheados com shimeji, queijo manteiga e rúcula selvagem (R$26). Uma entrada ótima para grandes grupos já que é servida em fatias. Estou acostumada a comer tapioca no café da manhã em uma versão muito mais sem graça – foi uma bela surpresa experimentá-la com ingredientes diferentes.
Ficamos muito na dúvida na hora de pedir os pratos principais mas escolhemos muito bem. Começamos pelo robalo em Ieite de castanha (R$69) que veio à mesa com uma apresentação digna de aplausas. Aliás, todos os pratos são apresentandos de forma majestosa, o que só aumenta a vontade de experimentar tudo. O robalo é temperado com melado de cana, shoyu e Iimão sobre Ieite de castanha do Pará aromatizado com pachouli (uma planta encontrada nas regiões Norte e Nordeste de aroma exuberante) e farofa de farinha d’àgua de Cruzeiro do Sul, no Acre. Um prato mais leve considerando os outros, mas que não deixou de ser saboroso. Nunca havia comido um robalo temperado dessa maneira. Um prato que brincou com texturas e que rendeu um resultado MUITO positivo.
Também pedimos o Mignon Micaela (R$45), filé mignon servido com crocantes de jamon, acompanhado por purê de mandioquinha com quatro queijos brasileiros. A carne estava perfeita e macia e o purê, a coisa mais cremosa e “comfort food” que já comi. Os crocantes de jamon, além de dar um crunch, também trouxeram um sabor mais salgado ao prato. Um prato com elementos que ornaram super bem e com uma apresentação de babar.
Por último, pedimos um prato BEM diferente: a Caldeirada de Surubim (R$70), composto por um peixe de água doce, camarões, cogumelos e abóbora grelhados em caldo de tucupi com aroma de iquiriba, uma semente encontrada na região Norte do país. Desculpe o clichê, mas esse prato foi realmente uma explosão de sabores! O caldo era intenso e rico, e o arroz branco acompanhou muito bem para dar aquela equilibrada. Para os ousados, essa é a pedida!
Nos empanturramos de comer, por isso não sobrou espaço para a sobremesa, infelizmente. Mas, como gostamos muito do Micaela, pretendemos voltar logo. A palavra “sabor” é a que melhor define o Micaela – os pratos são preparados excepcionalmente bem, com apresentação impecável e um sabor de ficar na memória. Não vemos a hora de voltar e experimentar mais das criações do Chef Fabio Vieira.
Endereço: Rua José Maria Lisboa, 228 (esquina com a Joaquim Eugênio de Lima) – Jardins – SP
Telefone.: (11) 3473-6849.
Horário de funcionamento: de segunda à sábado, das 12h às 15h30 e das 19h às 23h.
*Sem valet no local, mas achamos vaga fácil na rua.
]]>CUSTO: Entradas custam em média R$25 (existem algumas mais caras mas que servem 2 pessoas), pratos principais variam entre R$30 e R$80 e sobremesas em média R$22. Gastamos R$95 por pessoa com bebidas não-alcóolicas, 2 entradas e 3 pratos principais.
AMBIENTE: Simples e aconchegante com decoração rústica.
SERVIÇO: Fomos muitos bem atendidas. Nosso garçom soube explicar todos os pratos (e olha que fizemos muitas perguntas) e indicar muito bem. Atendimento ágil e eficiente.
BOM PARA: Um almoço entre amigos para poder experimentar vários pratos,. Mas não tragam pessoas frescas pra cá! Os pratos servidos são longes do comum, porém extremamente saborosos.
O Santinho é do mesmo grupo do restaurante Capim Santo, ambos comandados pela chef Morena Leite, embaixadora da gastronomia brasileira. As receitas são todas inspiradas na culinária do Brasil, com um toque contemporâneo.
Boa parte do restaurante fica na área externa do museu, que tem uma vista linda para o jardim. O ambiente é claro, espaçoso e super agradável, especialmente para um almoço em grupo.
No almoço, o restaurante oferece um buffet gigante, além de pratos à la carte de terça a domingo. As opções do cardápio pareciam ser ótimas, porém depois de ver o buffet, não conseguimos resistir!
Começamos com as saladas e pratos frios. As opções eram inúmeras: quiche de ricota, legumes grelhados, guacamole, salada de banana com uva passa, tomate assado, tabule, salada de grãos com alcachofra, vários tipos de pastas (homus, coalhada, babaganoush), chips de batata doce, pães e muito mais . Tentei experimentar de tudo, meu prato parecia de pedreiro! Tudo estava delicioso, porém meus favoritos foram a salada de banana e o guacamole.
Depois fomos para os quentes, começando com vários tipos de arrozes: branco, integral, sete grãos e risotos.
Em seguida tinha feijão preto, cassoulet, purê de batata doce, frango ao curry vermelho, filet mignon recheado com tomate seco e ricota, bacalhau e carne seca com abóbora na moranga.
Para finalizar uma estação para fazer sua própria massa (com diferentes opções de massa e molhos) ou tapioca!
Como eram muitas opções, tive que fazer algumas escolhas, mas consegui experimentar vários pratos! Tudo que provei estava muito saboroso, especialmente o cassoulet e a tapioca de carne seca com queijo coalho! Divina!
Depois de quase 1 hora e meia comendo e provando as opções, estávamos muito satisfeitas e sem condições de pedir sobremesa. Porém (eba!), como acompanhamento do nosso cafezinho, vieram três colherzinhas de brigadeiro: clássico, castanha do pará e capim santo. Os três eram deliciosos e fecharam com chave de ouro nosso almoço!
O buffet de terça à sexta-feira custa R$47 (sem sobremesa). Nos finais de semanas e feriados o buffet sai por R$69 (sobremesa inclusa).
SANTINHO
Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 – Pinheiros, São Paulo.
Telefone:(11) 3032-2277
Horários de funcionamento: de terça–feira a domingo, das 10h às 18h.
CUSTO: Durante a semana o valor do buffet é R$47 (sem bebida e sobremesa). Os sucos custam R$ 8.
AMBIENTE: Muito agradável e espaçoso, a maioria das mesas ficam na parte externa do museu com vista para o jardim.
SERVIÇO: Não tem muito serviço pois é buffet.
VALE A PENA?: Ótima opção para almoço durante a semana! Ambiente gostoso e comida deliciosa. Recomendamos!
A casa é bonitinha, em uma rua escondida e calma nos Jardins. Na parte de fora, mesinhas ao ar livre que servem de espera. O salão de dentro é agradável, com mesas bem espaçadas e com decoração bem brasileira.
Como o almoço ia ser bem brasileiro, nada melhor do que começar com uma bela caipirinha! A casa oferece milhões de combinações, uma melhor que a outra! Acabei pedindo a caipirinha de caju com limão cravo e sakê – aaaah como é bom beber uma coisa dessas!
O menu é extenso, com bastante opção. Só de entradas então, foi díficil escolher três! No momento, está rolando o cardápio da torcida, um cardápio inspirado na paixão que a comida e o futebol despertam nas pessoas. A Chef Ana Luiza Trajano foi a campo para descobrir o que os brasileiros comem pelos estádios. Essa investigação rendeu a três cardápios de petiscos harmonizados com caipirinhas. O primeiro foi até o dia 11 de maio e homenageava as cidades São Paulo, Salvador, Fortaleza e Recife. (Quando fui ao restaurante, esse cardápio ainda era oferecido)
Achei uma iniciativa muito legal! E os petiscos estavam maravilhosos.
Começamos com um trio de pasteis: queijo da Serra da Canastra, pirarucu, e carne seca com abóbora.
Nem sei como começar a descrever esse aperitivo. Estava tão divino que obviamento pedimos mais uma porção. A proporção do recheio pra massa estava perfeita….e os recheios estavam deliciosamente temperados. Adorei o de pirarucu, que é um peixe de água doce – me lembrou um pouco os fish tacos mexicanos que comia em Los Angeles. Com certeza não deixe de pedir essa entrada! O trio de pastéis faz parte do menu original e não do cardápio da torcida.
Agora para os petiscos do cardápio da torcida…para homenagear São Paulo, pedimos o canudinho de massa de pastel recheado com pernil e catupiry. A massa estava sequinha, o pernil suculento e o catupiry cremoso. Os ingredientes combinaram bem, fazendo com que os canudinhos sumissem em menos de 2 minutos.
Para homenagear Salvador, a terra do Carnaval, pedimos a porção de acarajé que acompanhava vatapá, caruru, camarões e vinagrete de tomate verde. Entrada sensacional!!! Eu adorei montar o meu próprio acarajé, que estava leve e sequinho. Os acompanhamentos estavam um melhor do que o outro. O vatapá na consistência perfeita, o caruru – que é uma espécie de cozido de quiabo que não conhecia – estava divino, os camarões crocantes e o vinagrete de tomate verde para dar uma leve acidez. E sem esquecer da pimentinha…
Mesmo depois de pedir todas essas entradas, decidimos encarar os pratos principais.
Pedimos o pirarucu grelhado com molho de coco, capim-limao, gengibre e legumes da estação (R$89). O parto era super bem servido com 3 (!) postas de peixe.
Achei um pouco exagerado pois além de ter me entupido com entradas, os pedaços eram grossinhos. Estava muito gostoso mas eu senti falta de mais molho de coco para o peixe. Já os legumes da estação, que são coadjuvantes, na minha opinião estavam melhor do que o peixe, grelhados perfeitamente sem passar do ponto. Tinha brócolis, mandioquinha, pupunha, abobrinha, cenoura, entre outros.
Pedimos também a carne seca desfiada, arroz cateto com abobora e couve rasgada (R$65). Elegemos esse prato como o campeão da tarde. O arroz cateto com abóbora era parecido com um risotto e a carne desfiada estava deliciosa, não mito gordura do jeito que eu gusto. Tem que pedir esse prato!
Optamos por um prato mais comum mas que estava muito gostoso também: a picanha na chapa com farofa de pupunha, batata frita e arroz branco. (R$89). A picanha estava super macia e suculenta no ponto certo. Adorei a farofa de pupunha, uma combinação que não havia experimentado! E batata frita SEMPRE cai bem, né?
Só para dizer que experimentamos uma sobremesa, pedimos o Romeo e Julieta com calda de maracujá (sem açúcar). Vinha em uma base de massa folhada e no centro, o creme de goiaba e queijo misturado. Gostosa e bem doce.
Como cortesia, ganhamos a maria-mole com baba de moça, coco fresco e castanha de caju. Eu não sou muito fã de maria-mole mas gostei bastante dessa. A apresentação também estava linda.
Dá pra ver que todos os pratos são feitos com amor e dedicação – os sabores memoráveis e a apresentação impecável (adorei as florzinhas!).
O Brasil a Gosto é um lugar ótimo para levar gringos. Os pratos celebram os ingredientes brasileiros de forma inovadora! Uma experiência única!
Endereço: Rua Professor Azevedo do Amaral, 70 – Jardim Paulista (SP)
Telefone: (11) 3086-3565
]]>CUSTO: bem carinho! Não é um lugar para você ir sempre, mas os pratos eram bem servidos e muito saborosos.
AMBIENTE: aconchegante com decoração brasileira e poucas mesas.
SERVIÇO: os garçons conheciam bem os pratos e sugeriram pratos ótimos!
VALE A PENA?: sim, é uma experiência única! Você sai de lá querendo voltar para experimentar as milhares de opções do cardápio.
Fiquei sabendo que eles recentemente abriram para o almoço durante a semana, com um buffet all-you-can-eat que custa R$38 por pessoa. Como uma boa gordinha, já marquei almoço com amigos e lá fomos nós experimentar o buffet de almoço da Peixaria Bar e Venda em uma sexta-feira feliz.
Como eu disse, a decoração do ambiente é algo fora do comum. Tudo bagunçado mas ajeitado!
É de um capricho que é só vendo pra acreditar. Literatura de cordel pendurada no teto, detalhes mínimos em todas as paredes. Um charme!
O buffet de almoço varia diariamente, com preço fixo de R$38. As opções são infinitas e com certeza terá algo do seu agrado!
No dia em que eu fui, tinha além do tradicional arroz e feijão, arroz de polvo, cuscuz baiano, peixe recheado, torta de abobrinha, milho cozido, saladas, pastéis e outras mil coisinhas!
Além disso, tem uma moça que faz tapioca e ovo caipira frito na hora!
Meu favoritos com certeza foram o arroz de polvo que estava suculento, e o polvo cozido perfeitamente. Mmm, e o pastel de siri então? Com massa levinha e um toque apimentado.
Um garçom passa pelas mesas oferecendo os peixes do dia grelhados na hora. Tinha lagostim, trilha e cavalinha. Estava uma delícia!
Não podemos esquecer da mesa de sobremesa com opções pra lá de brasileiras como bolo de mexerica com cachaça, canjica, sagu, sucolé, entre outras.
O café encerra a refeição perfeitamente, servido à moda antiga, com coadores individuais em canecas de lata. Ainda acompanha um pedacinho de bolo com raspas de rapadura. Muito lindo.
Eu adorei a experiência, obviamente comi além do que deveria mas fica difícil se controlar diante de tantas opções deliciosas! Super recomendo!
Fiquei sabendo que as caipirinhas de lá são sensacionais, então terei que voltar pra algum happy hour pela vila.
]]>CUSTO: o almoço inclui um buffet com muita variedade por um preço fixo de R$38. Super justo!
SERVIÇO: todo mundo é sorridente e muito prestativo. Nota 10!
AMBIENTE: é uma graça, cheio de charme! Parece que você está na praia e não em SP!
VALE A PENA?: sim, achei uma opção ótima para almoço durante a semana! Agora preciso voltar para experimentar os pratos à la carte e as caipirinhas!